sexta-feira, janeiro 27, 2006

Pela boca morre o peixe

Tenho de reconhecer! Sou uma Gaffe (Gaja a Fazer Frequentemente Esterco)! E não é o número que conta, mas o impacto. Sim, ao todo não devem ser mais de seis, mas essas míseras seis foram, digamos, de arromba.
A mais mediática foi, sem dúvida, a de conseguir dizer uma única palavra no tete-a-tete com o Príncipe Alberto do Mónaco, palavra essa que foi, nem mais nem menos, do que merda. Sim, ele percebeu perfeitamente. Sim, até achou piada. Já o Rainier, enfim…Adiante.
Por esta e também por outras já nem devia estranhar quando depois do último concerto dos U2 a pergunta dos amigos era de rajada “Então e o Bono? Fizeste esterco?”.
Hoje foi mais uma para a conta. Olímpica, maravilhosa, marcante. É o mínimo que se pode dizer quando se está a explicar a um amigo porque é que se chama ao superior hierárquico “Tecla 3” (def, abreviatura de deficiente) estando o visado ali ao lado … Convenhamos que não correu bem. Nada bem mesmo. Nadinha mesmo. Mesmo.

Take this soul
Stranded in some skin and bones
Take this soul and make it sing, sing
Take these hands
Teach them how to carry
Take these hands, don’t make a fist, no
Take this mouth
So quick to criticise
Take this mouth, give it a kiss


Yahweh (U2), How To Dismantle An Atomic Bomb, 2004

terça-feira, janeiro 24, 2006

Palácio de Belém

Depois de mais uma traumatizante jornada de “deitar o voto” apenas pergunto… voltaremos nós a ver gente desta laia (umas criaturas estrangeiras do rock, mais que impropriamente vestidas e ainda por cima imperdoavelmente desatentas) a entrar no Palácio de Belém?
I don´t think so……


Palácio de Belém, 14 de Agosto de 2005

quinta-feira, janeiro 19, 2006

On the top!

Para os meus amigos, e sobretudo amigas, que tiveram, têm ou ainda vão ter Vertigens...



quarta-feira, janeiro 18, 2006

Patroas

Reprodução resumida do diálogo entre mim e a funcionária da Segurança Social, ontem à tarde, sobre quem deve assinar a declaração, que reproduzo no final.

Eu: Desculpe, vinha pedir-lhe outro impresso igual a este, pois a empregada doméstica enganou-se e assinou no local onde devo ser eu a assinar.
Ela: Não, ela assinou bem!
Eu: Assinou bem?
Ela: Sim, ela assinou no local certo. Ai não é o sítio onde assinam as patroas.
Eu: Mas se se declara que trabalha sob a minha direcção e autoridade é ela que assina?
Ela: Pois, é ela que assina.
Eu: Independentemente de quem assina, importa-se de ler o texto e ver o que lhe faz mais sentido?
(a ler...)
Ela: Pois, é capaz de ter alguma razão. Mas não é assim que as pessoas costumam preencher.
Eu: Mesmo assim, se faz favor precisava de outro impresso.

Note-se que a funcionária tem alguma razão. A empregada doméstica assinou no tal local porque num outro serviço da SS, um posto de atendimento (a saudosa Casa do Povo) lhe foi prestada a mesma informação.

Trabalhadores por conta de outrem
Inscrição/enquadramento


Mod. RV1005/2001 – DGSSS

5. Certificação da Entidade Empregadora

Trabalhadores do serviço doméstico


Confirmo os elementos indicados pelo trabalhador relativos à situação profissional.
Declaro que o trabalhador exerce, com carácter regular e sob a minha direcção e autoridade, mediante retribuição, a profissão de trabalhador do serviço doméstico.
Declaro ainda não ter com o trabalhador nenhum dos graus de parentesco legalmente impeditivos desta relação de trabalho, para efeitos de segurança social.

Data
Assinatura conforme o Bilhete de Identidade

domingo, janeiro 15, 2006

Kite

Esclarece-se que o nome deste blog (pronuncia-se k-a-i-t-e) não se inspirou no carro do Michael Night, não é um kit de sobrevivência azul, nem tão pouco um nome exótico que encontrei a navegar na blogosfera.
Lamento informar que Kite significa tão somente "papagaio" - brinquedo de papel, de forma poligonal, que se lança ao vento preso por um fio.
Para quem me conhece e/ou conhece a discografia dos U2 esta explicação é absolutamente desnecesária. Para os restantes ai fica e ai vai...

Kite

Something is about to give
I can feel it coming
I think I know what it is
I'm not afraid to die
I'm not afraid to live
And when I'm flat on my back
I hope to feel like I did
'Cause hardness, it sets in
You need some protection
The thinner the skin
I want you to know
That you don't need me anymore
I want you to know
You don't need anyone, anything at all

Who's to say where the wind will take you
Who's to say what it is will break you
I don't know which way the wind will blow
Who's to know when the time has come around
Don't wanna see you cry
I know this is not goodbye

In summer I can taste the salt in the sea
There's a kite blowing out of control on a breeze
I wonder what's gonna happen to you
You wonder what has happened to me
I'm a man, I'm not a child
A man who sees the shadow behind your eyes

Who's to say where the wind will take you
Who's to say what it is will break you
I don't know where the wind will blow
Who's to know when the time has come around
I don't wanna see you cry
I know that this is not goodbye

Did I waste it
Not so much I couldn't taste it
Life should be fragrant
Rooftop to the basement
The last of the rockstars
When hip-hop drove the big cars
In the time when new media
Was the big idea
That was the big idea

All That You Can't Leave Behind,2000

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Subsídio de desemprego

Até a Alemanha já não é o que era ...

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Humanidade

Falaram-me em homens, em humanidade,
mas eu nunca vi homens nem humanidade.
Vi vários homens assombrosamente diferentes entre si,
cada um separado do outro por um espaço sem homens.

Poesia, Alberto Caeiro

sábado, janeiro 07, 2006

Flores Partidas


Quando inesperadamente Don Johnston (minimalisticamente interpretado por Bill Murray) é levado a viajar ao encontro das mulheres do seu passado, de modo a descobrir um hipotético filho, tudo podia acontecer.
De volta, apenas conclui que o passado lhe é agora estranho, o futuro ainda não sabe qual será e o que resta é o presente, o momento.
E o momento final é ambíguo. No meio do cruzamento que caminho escolher? Correr a pé na direcção do passado ou seguir a toda a velocidade para descobrir o futuro?

segunda-feira, janeiro 02, 2006

O Fiel Jardineiro


"I would like audiences to leave the theatre thinking about the rest of the world. Most cinema is narcissistic. It`s wonderful to believe that perhaps after seeing this film, viewers might be provoked into being informed". Ralph Fiennes

domingo, janeiro 01, 2006

New Years Day

All is quiet on New Year's Day
A world in white gets underway
And I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes on New Year's Day

New Years Day, War - U2