Comunicações

Eu não atendo telefonemas anónimos.

Que parte desta frase é que não se percebe?

Eu: indica a pessoa que fala.
Não: negativa, palavra oposta à afirmativa sim.
Atendo: presente do indicativo do verbo atender que significa responder (telefone)
Telefonemas:comunicação ou notícia recebida pelo telefone
Anónimos: que não se querem dar a conhecer; sem nome; não assinado

Sem excepção.
Informa-se que para que assim não seja, e eventualmente eu atenda, basta ir às opções do telemóvel e modificar a respectiva configuração.

E já que o assunto são as comunicações móveis, o prémio do anúncio mais torturante do ano vai sem pestanejar para o novo spot da TMN HOME. Começa epicamente com a Wake Up dos Arcade Fire, mas depois … não há 1, 2, 3, 14. Maior exemplo de que o Sr. Pavlov tinha razão não há.

Trabant - actualização

Trabbie, agora em versão T0 + sótão.

I feel you

O último DVD dos Depeche Mode trás uma folhinha junta ao livrinho que diz Live CD recorded at the show YOU were at. Ora isto deve fazer parte do complot angélico para deprimir, ainda mais, os portugueses. E mais, percebi agora que a touring the angel abre logo com uma música que retrata na perfeição quem tinha bilhete e ficou a ver navios - a pain that I´m used to. E se há dúvidas basta dizer que se seguem suffer well, never let me down again, I feel you, damaged people, a queston of time.

E depois há um piano mais-à-frente que o do Jean-Michel Jarre e, sobretudo, a inesquecível indumentária do Martin Gore, que também deve ser para colocar na valeta os estilistas portugueses. E depois ainda há o Dave que não deve querer deprimir os portugueses, mas que tem umas tatuagens que deviam fazem o Robbie William querer tirar as dele com esfregão palha-de-aço e o Joaquín Cortés ser preso e obrigarem-no a ver as gravações dos concertos, em modo repeat, e como ele dança.


O concerto? O concerto é vergonhosamente muito bom. E ainda por cima com o acréscimo de ser imensamente valorizado pelo trabalho de edição de imagem, com a alternância de cores fortes/preto e branco, pausas/sobreposição/desdobramento de imagens.

Triologia

Porque sobre a morte há fragmentos de uma beleza tocante. Como este livro, este filme e esta música:

- Morreste-me, José Luís Peixoto (Temas e Debates, 2000)
- O Quarto do Filho, Nanni Moretti (2001)
- Into dust, Mazzy Star (So Tonight that I might see, 1993)

The Monday After

Chuva, chuva, chuva! Férias estragadas, com direito à lenga-lenga alarmista da protecção civil e tudo.

1. Aniversário

Aqui fica aquele abraço à minha amiga de longa data, a m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a Cris Dias (coadjuvada pelas magnificas Alice, Raquel e Sónia) pela organização de um jantar surpresa. Tivesse eu percebido mesmo que não era um jantar normal e ter-me-ia baldado. Mas nunca mais me vou esquecer:

- De ter sido juíza máxima no concurso de moelas (agora sou uma autoridade);
- Dos comes e bebes que nunca mais acabavam, sobretudo os bebes;
- Da música dos U2 a tocar e as fotos do Bono a passarem (não percebo a razão da escolha …);
- Do powerpoint com as nossas fotos mais embaraçosas, que certamente arruinarão para sempre a minha reputação (não sei bem qual era, mas seria uma que eu pensava que tinha, mas que afinal já não tenho);
- De no fim ter conseguido fazer 30 minutos na elíptica em velocidade muitíssimo acelerada (não me desmintam por favor e deixem-me pensar que foi mesmo assim);
- De ter chegado sã e salva a casa, apesar dos barulhos estranhos do lendário carro da Raquel.

P.S. Raquel não fiques triste por me teres dado o DVD Zoo Tv dos U2. A Sónia tem razão, ter um na sala e outro no quarto nunca é demais.

2. O novo anúncio da AMI