sexta-feira, junho 30, 2006

Brincar aos tribunais (parte III e ½)

Hoje andava na minha rua a passear o cão e vejo uma senhora aproximar-se de mim e pensei eu conheço esta cara de algum lado, mas não sei de onde.
Até que ela me disse “Olá! Ainda há pouco pensei em si! Já sei que recebeu outra notificação para lá ir ao tribunal no dia 13”. Pronto, era a minha funcionária. E depois ainda acrescentou: “E eu que até já tinha pensado que nunca mais a ia ver”. Ao que eu só pude responder “Igualmente”.

Nota mental: 1. Coimbra nunca me pareceu tanto uma aldeia, até porque tenho quase a certeza que ela mora a uns 100 m da minha casa 2. Por este andar vou ter de criar um blog só para as minhas incursões ao tribunal.

quarta-feira, junho 28, 2006

Brincar aos tribunais (parte III)

Será possível que, depois de eu pensar que isto era passado, eu volte a receber isto? Vai pois haver uma parte IV, no mínimo...
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Assunto: data da realização de depoimento por teleconferência

Fica deste modo V. EX.ª notificada, na qualidade de Testemunha, relativamente ao processo supra identificado, para comparecer no Tribunal, no dia 13-07-2006, às 16 horas, a fim de prestar depoimento por teleconferência.
A não comparência e a não justificação da falta nos 5 dias imediatos à realização da mesma, pode implicar a condenação em multa, podendo ainda ser ordenada a sua comparência sob custódia.

O Oficial de Justiça

(assinatura ilegível)

quarta-feira, junho 21, 2006

For christ sake...

O que é que deu aos GNR para incluírem no novo álbum, que vai ser lançado dia 26, uma versão duma música do Roberto Carlos, aquela que diz qualquer coisa como “Quero que você me aqueça nesse Inverno e que tudo o mais vá para o inferno”? E o Reininho canta-a mesmo com sotaque brasileiro e tudo. Deve estar a gozar com a malta, só pode. Aliás, coisa que ele sabe fazer como poucos.
Bem, e o vídeo que a acompanha, com o Reininho, no lugar do John Travolta, a dançar com a Uma Thurman, recreando a famosa cena do Pulp Fiction? A mim quase me enganou.

E que mal fiz eu para ter de suportar ouvir há meses, durante todo o santo dia, o James Blunt? Isto porque a minha colega de gabinete aparentemente não tem mais nada para ouvir ou, se calhar, não gosta mesmo de mais nada. Mas quando eu já pensava que a coisa não podia piorar deparo-me com o facto do moço agora até cantar uma versão de In a Litlle While (U2). Pavorosa na minha opinião, mas eu com os meus antecedentes não sou, nem quero ser, imparcial.

domingo, junho 18, 2006

You can dream So dream out load

Volta e meia ouço “Então, os U2 vão acabar?” Perece-me óbvia a inutilidade da questão, pois apenas posso adiantar que não sei. Não só não sei como nunca perdi um segundo a pensar nisso. Até hoje. Se bem que não foi bem a questão de acabarem, mas de um deles ter de falhar um concerto, ou até vários.
É um facto que a carreira já vai longa e a esmagadora maioria dos fãs considera até que a ausência de qualquer um deles num simples concerto inviabiliza irremediavelmente o grupo. Tinha de ser adiado, como de resto está a acontecer e tudo isso que eu acho muito bem e mais não sei o quê.
Pois … mas eu discordo. A ausência do Lord Clayton, do Prof. Doutor Edge ou do simplesmente-Larry levaria à sua substituição pelos técnicos que lhe dão apoio. De resto, há o precedente da ausência do aristocrata no concerto de Sidney, em 1993. Foi uma escandaleira, lá isso foi, mas ele sobreviveu e nós também.
Já a ausência do Bono criaria uma situação de aparente insustentabilidade do conjunto. Não ia ser propriamente agradável ver uma nova versão Queen-sem-Freddy-Mercury. Ou talvez não. Quer dizer, eu queria ver, mas com algumas nuances, com as quais o Paul McGuinness não ia concordar, mas paciência ... já lhe basta ser dono da cerveja.

- Tinha de ser uma tour grandiosa, ao melhor estilo revivalista da Zoo TV e Pop Tour, com direito aos trabbant, ao arco e o limão, às TVs, ao confessionário. Afinal, nós portugueses só fomos fabricados para assistir a grandes feitos, musicais, futebolísticos e outros.

- Tínhamos de ter um MacPhisto virtual, que telefonaria ao Cavaco, que mandaria dizer que não estava, e de seguida ao Alberto João, com quem cantaria o bailinho da Madeira.

- A setlist tinha de ser votada todas as noites pelos fãs. Não tinham ensaiado esta ou aquela, pois já são uma TIR cheia delas? Bastavam os acordes básicos, que o resto a gente apreende por intuição.

- Ah sim, os três tocariam como sempre, cada um com o seu brinquedo e sem trocas absurdas. E muito menos alguém a incomodar o Larry com aquelas tabuletas a dizer “Smile Larry” ou pior “Adam, I wanna touch your instrument”.

- Em homenagem ao deus temporariamente ausente, as letras seriam cantadas como é habitual, todas-tudinhas, em coro e sem falhas. Até porque, apesar de não ser preciso muito, nós estamos conscientes, e gostamos secretamente do facto, de as sabermos melhor do que quem as esqueceu … perdão, escreveu.

Ai vai uma pequena prova da amnésia, com um obrigada ao Tiago pelo vídeo. Coisa linda!



E já que estamos numa de agradecer a quem merece, um tranks a lot à Xanocas por volta e meia me recordar que tenho um blog e, por isso, convém postar cá umas coisas de vez em quanto, nem que seja sobre os U2. E tal e coisa.

sábado, junho 10, 2006

Silly Season

Em tempos de Silly Season, já que nada parece existir para além da paranóica cobertura televisiva do Mundial e episódios afins, aqui fica a versão de Sunday Bloody Sunday, pelo rapper mais famoso do planeta, o Mr. Silly Himself.