Brincar aos tribunais (parte IV)
Hoje às 9 h 30 m lá estava eu, outra vez, no Tribunal para ser ouvida em videoconferência. Mas, aparentemente, em nenhuma dos 2 juízos havia videoconferências marcadas para hoje. Ou melhor, haver havia, mas era com o Tribunal da Maia e com o Tribunal de Lisboa. Nenhum era o meu.
Depois de andarem 2 funcionários a comparar listas durante algum tempo, por fim lá chegaram à conclusão de que a minha estava, de facto, marcada para aquela hora.
O funcionário disse-me para eu aguardar e eu, sentindo-me em casa, dirigi-me à sala das videoconferências. Entrei e abri as portadas das janelas, acendi a luz e sentei-me numa das poltronas a ouvir música. Pareceu-me adequado começar por ouvir “Stuck in a moment you can´t get out of” (U2).
Esperei 30 minutos até que uma funcionária veio ligar o computador. As colunas não funcionavam. Por culpa da senhora da limpeza, como fez notar a funcionária, acrescentando que sem colunas não há som e sem som não há depoimento. Mas que havia o telefone como alternativa. Por sua vez, a imagem do tribunal de lá era perfeita e via-se o juiz e o advogado a olharem para o ar.
E caiu a ligação. Assim, sem aviso. I-n-e-x-p-l-i-c-a-v-e-l-m-e-n-t-e. Neste momento a funcionária confidenciou-me que é por estas e por outras que os juizes daqui não deferem pedidos de inquirição por videoconferência. E lá foi a funcionária embora, pois não valia a pena estar ali à espera comigo, pois quando restabelecessem a ligação a funcionária de lá telefonaria primeiro.
Mais 15 minutos e a funcionária veio avisar-me que .... me podia ir embora. Ir embora de vez. Ir embora de vez, ir embora de vez! Ao que parece as partes tinham nesse espaço de tempo (!) chegado a acordo.
Como diria o Prof. José Hermano Saraiva, na história muitas vezes o mais importante não é quando a galinha põe o ovo, mas quando faz c-ó-r-ó-c-ó-c-ó.
Depois de andarem 2 funcionários a comparar listas durante algum tempo, por fim lá chegaram à conclusão de que a minha estava, de facto, marcada para aquela hora.
O funcionário disse-me para eu aguardar e eu, sentindo-me em casa, dirigi-me à sala das videoconferências. Entrei e abri as portadas das janelas, acendi a luz e sentei-me numa das poltronas a ouvir música. Pareceu-me adequado começar por ouvir “Stuck in a moment you can´t get out of” (U2).
Esperei 30 minutos até que uma funcionária veio ligar o computador. As colunas não funcionavam. Por culpa da senhora da limpeza, como fez notar a funcionária, acrescentando que sem colunas não há som e sem som não há depoimento. Mas que havia o telefone como alternativa. Por sua vez, a imagem do tribunal de lá era perfeita e via-se o juiz e o advogado a olharem para o ar.
E caiu a ligação. Assim, sem aviso. I-n-e-x-p-l-i-c-a-v-e-l-m-e-n-t-e. Neste momento a funcionária confidenciou-me que é por estas e por outras que os juizes daqui não deferem pedidos de inquirição por videoconferência. E lá foi a funcionária embora, pois não valia a pena estar ali à espera comigo, pois quando restabelecessem a ligação a funcionária de lá telefonaria primeiro.
Mais 15 minutos e a funcionária veio avisar-me que .... me podia ir embora. Ir embora de vez. Ir embora de vez, ir embora de vez! Ao que parece as partes tinham nesse espaço de tempo (!) chegado a acordo.
Como diria o Prof. José Hermano Saraiva, na história muitas vezes o mais importante não é quando a galinha põe o ovo, mas quando faz c-ó-r-ó-c-ó-c-ó.
5 Comments:
Pronto... Já li o título "brincar aos tribunais parte IV", já estou contente.
Agora... Vou jantar para depois me deliciar a ler mais um episódio desta novela lider de audiencias!!! :)
Ah bom!
Pronto... Agora que já li, sinto-me triste... O final da novela não correspondeu às minhas expectativas :(
:)
Beijocas
Ps - Até que enfim que te viste livre dessa fantochada!!!
c-ó-r-ó-c-ó-c-ó?
Tenho pena...que tenha terminado. Tava a adorar.... ;))
Mas ainda bem que terminou de vez!!
Felizmente no meu mundo ainda não há videoconferências, tão pouco Juízes ou burocracias.
Ainda assim entendo o desencanto.
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